sexta-feira, junho 24, 2005

Por quem sois

Podia inventar-te de novo
Escrever-te em verso
Fazer-te a palavra de honra no meu universo
Podia exercer em ti a mais intima comunhao


Saquear-te a vida , drená-la de ti
Até à exaustão
Podia sentir-te passar a minha pele pela tua
Dar-lhe um nome fogoso e criar um autentico ritual pagão

Serias tudo isto num àpice de luz
Porque já o és, estás a tornar-te, mas...
Já disse, os mil e um motivos,
Os mil e um senãos que me encarceram os sentidos
A minha resignação, comodismo, como queiras chamar

És o desejo que assombra a minha pessoa
És o querer e não poder que me enlouquece
O raio de ilusão em que me imagino diferente
Mulher , amiga , mãe, amante

Mas eles regressam,...
Cavaleiros negros de uma condicionante por mim criada
Pelo meu comodismo inalterados mil e um motivos,
Mil e uma razões.
Mil e uma desculpas para não te roubar um beijo pela calada

É aqui que moras, dentro de mim
Não te irei subjugar como aos outros
À minha vontade, ao meu joguete
Irás permanecer assim, como que ignorante deste meu despoletar de emoções.
Um observador atento diário do que sou, do que te vou revelando


E eu vou escondendo nos sorrisos e desculpas esquivas
O meu desejo, o meu querer
Porque meu querido, assim é ,
Assim terá que continuar a ser

2 Comments:

Blogger hellpoet said...

lindo como sempre
(fdx eu ao pé destas bestas da poesia ate pareçe k ñ sei escrever...)

7:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

:P está muito bonito..e realista..e conhecendo eu a tua maneira de escrever, sei que há poemas muito próximos da realidade.
continua. beijos

2:58 da tarde  

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